sábado, 29 de marzo de 2014

Deusas: Yemanjá


Yemanja Odoiá!

Das grandes ondas perfumadas,
numa noite de luar
das miúdas pérolas prateadas
vem chegando Yemanjá

Peixinhos fazem ciranda
corais e arrecifes a se iluminar
o fundo do oceano é uma festa
que da boas vindas Odoiá!

Ela recebe todos de braços abertos
com profundo amor incondicional
é nossa mãe uma sereia,
uma sereia do fundo do mar.

E a águas se balançam,
junto a suas cadeiras de sal
molhando seus peitos fartos
Salve a Rainha do Mar!

Lá vai ela se contornado
com seu espelho pra nos mostrar
flutuando nas águas do inconsciente
devela os mistérios pra nos acordar.

Texto e imagem ©Juliaro (todos os direitos reservados)





sábado, 22 de marzo de 2014

Outonial



Outono desapegar e voltar a criar

O outono me pega desapegada, deixando atras palavras que prefiro já não usar.
Soltando ideias velhas, pinturas que não fiz. Viagens e planos postergados, mudados, adiados.
O outono me faz ver as sobras, o que ficou pendente, ardente, serpentes.
O outono me mostra que está perto o fim, que estou no climax da historia, que é o tempo de abrir mão, de fechar coisas e desencanar de outras. 
O outono é pra deixar ir embora (adoro a palavra ir embora)
Mas o outono também é pra criar e meditar:  criar espaços, abrir buracos, arrumar o cantinho. 
Separar o fruto maduro para passar o inverno.
O outono é pra ser o que é, mais uma fase do ciclo sem fim. 
Época de folhas amarelas, de veredas crocantes, de ventos e de chuvas.
Época de voltar pra casa.
De voltar a me ver.
a me olhar 
de abraçar as sombras
de me despir.
de abraçá-las
e voltar a ser eu.

Texto é imagem ©Juliaro (direitos reservados)



En breve en español.


lunes, 10 de marzo de 2014

Musicas da vila arcoiris

E os fofinhos se fizeram canção...

Aqui apresentamos nossas musicas que podem ouvir agora on line aqui em Sound cloud

 link para ouvir musicas free

Se gostou e quer fazer feliz uma criança (ou a sua criança interior) pode comprar o cd neste blog.
Compras por pay pal con envio pro Brasil


Página de face : Vila Arco-iris 

Artistas: Rafa Tosta e Juliaro

sábado, 8 de marzo de 2014

Yoni portal para la materia

Mulher: Teu sagrado Yoni é o portal para a matéria
Respeita-o e faça que o respeitem.

Texto e imagen ©Juliaro (todos los derechos reservados)

Desabafo no dia da mulher

Hoje abro o face e veio que esta cheio de mensagens de minhas amigas feministas faceboqueiras com um monte de fotos para para não festejar, não comemorar, não felicitar, para lutar por nossso direitos, para nao contribuir com o patriarcado e um monte de queixas contra este dia que por algum motivo temos. 

Isto gera muita contradição em mim porque sempre apoio as causas que defendem os direitos da mulher.

Agora porque eu não posso festejar? porque tenho que sentir culpa? Porque não posso felicitar a minhas irmãs, as deusas que me acompanham?

Eu concordo que não devemos deixar que este dia vire frivolidade, claro que não.

Concordo também que esta virando dia comercial para vender sapatos, maquiagens, chocolates, flores e um monte de tranqueira, em lugar de lembrar as trabalhadoras queimadas naquele 8 de marzo de 1857 
Acho uma merda que hoje alguns homens presenteiam com flores e no dia seguinte dão pancada na mulher

Mas eu acho importante este dia mais do que lutar (e seguir assim agindo com as mesma violência de alguns homens), que seja hoje um dia para refletir, para nos conscientizar do sagrado que é ser mulher, para celebrar o fato de ter a deusa dentro de nós.

Até que nós não despertemos e tomemos consciencia do quanto sagradas somos ninguem vai respeitar nenhum de nossos direitos, porque hojem nem nós nos reispeitamos nem respeitamos eles. (se nem podemos faltar no trabalho ou parar de trabalhar em casa quando estamos menstruadas)

Acho hoje um dia especial para celebrar o feminino , coisa que os homens também têm.
Então porque em lugar de brigar, sendo  bravaaas, gritonas, por nosso direitos não apelamos a nossa sutileza? Porque não felicitamos também as mulheres que vivem dentro de nossos homens?

Hoje eu me felicito e quero felicitar a cada mulher e cada homem que aceita seu feminino. Hoje me sinto feliz por ter encarnado na mulher que sou, por ter um companheiro maravilhoso com uma sensibilidade muito feminina, que mesmo assim me cuida, me ama e me respeita. 
Cada um tem o que atrai, o que reflete então porque não tentar nos conhecer, nos melhorar e ter autoresponsabilidade em lugar de continuar lutando?

Para as que se sintam aludidas com estas palavras eu te desejo um feliz dia

Namastê

Juliaro Arte

E compartilho este texto de minha amiga Carol Marques SoMar que me inspirou a dizer SIM a nosso festejo do DIA DA MULHER. PORQUE NOS SOMOS DEUSAS E MERECEMOS CELEBRAR.

Texto que fala um pouco sobre a origem mítica da dança do ventre e sua relação com o Sagrado Feminino.
Autoria: Carol Marques SoMar.

O TEMPO EM QUE AS MULHERES ERAM (?) DEUSAS.

Entre as histórias que contam sobre o surgimento da dança do ventre, existe uma que me toca de uma forma bem especial, por falar de um tempo que hoje parece ser ignorado pela maioria das pessoas: O TEMPO EM QUE AS MULHERES ERAM DEUSAS.

Esta história conta que há muito, muitíssimo tempo atrás, um tempo em que os seres humanos viviam mais integrados à natureza, as sociedades tribais tinham uma organização matriarcal, ou seja, os arquétipos femininos e seus atributos regiam a maneira como as pessoas se agrupavam, relacionavam-se e lidavam com a terra e com o sagrado.

Conta-se que, nesse tempo, por não terem a consciência de que eram co-participantes no processo de fecundação e geração da vida humana, os homens viam as mulheres como seres misteriosamente sagrados, que detinham em seus corpos a ciência divina do gerar e ainda, exerciam influência sobre a terra e sua fertilidade. Dessa forma, as mulheres-Deusas, tornavam-se responsáveis por “lembrar” à Terra que era chegada a hora de gerar frutos para nutrir as comunidades que nela habitavam. E elas faziam isso dançando!

No momento propício reuniam-se em grandes círculos, entoavam cânticos que imitavam os sons que as mulheres emitem ao dar à luz, ondulando seus ventres e seus corpos em movimentos fortes e vibrantes, como se naquele momento fossem a própria Mãe-Terra que, cheia de vida em seu interior, geme para parir o alimento que será colhido tempos depois, servindo de sustento aos seus filhos.

Um tempo em que as fases da lua, a mudança das estações, a mudança das marés, a posição das estrelas no céu, enfim, a natureza e seus ciclos eram observados atentamente e estavam intimamente ligados ao ser do feminino. O feminino que pela própria configuração anatômica de seu sexo, já se mostra velado, (opondo-se à exposição e obviedade do masculino), relacionando-se com tudo aquilo que é oculto e misterioso. O feminino e seu ciclo de fertilidade, onde o útero se prepara para a vida enchendo-se de sangue e tecidos para receber um novo ser e ao dar-se conta que o processo de gerar não será completado, desfaz todo seu trabalho, desmancha-se, sangra, morre para dar início a novo ciclo, como se renascesse, renovasse a cada mês.

Mas a mulher, ao longo do tempo veio perdendo a intimidade com o seu ser sagrado, bem como os homens. Com todos os “avanços” na tecnologia, na forma de pensar e de organizar o mundo, o ser humano estabelece uma nova ordem que é a patriarcal, onde a objetividade do masculino rege a maneira como as sociedades se organizam. O sol, símbolo do masculino, passa a ser referência para o calendário e não mais a lua. Tudo o que é feminino passa a ser visto como fraqueza ou crendice sem fundamento. A beleza, a suavidade e o saber da mulher: uma sedução perigosa, magia negra, coisa de bruxa, do demônio... e queimem-nas na fogueira!

Hoje vivemos em um mundo em que muitas mulheres preocupam-se em assumir atributos masculinos para serem mais respeitadas e aceitas, principalmente no que diz respeito ao campo das profissões. O que todos nós, homens e mulheres esquecemos, é que cada ser humano, seja ele anatomicamente, homem ou mulher, traz em si, as duas energias, tanto a masculina quanto a feminina e investir e trabalhar apenas uma delas causa desequilíbrio na nossa estrutura. Porém, para que haja um retorno ao feminino sagrado, onde os atributos da mulher estejam em um patamar de importância tal que devem ser zelados e cultivados em nossa cultura, assim como os atributos masculinos, é preciso que a mulher dê início ao resgate de sua essência e retome para si o direito e o prazer de conhecer e exercer sua feminilidade, que, apesar de uma aparente fragilidade, está repleta de força e sabedoria, e que, ao lado do masculino pode usufruir de todo o potencial gerador de seu ventre, dádiva do princípio de criação que a ela foi dada: um momento de plenitude em que a mulher encontra-se cheia, pois tal como fez a grande divindade surgir do nada tudo aquilo que existe, a mulher é capaz de gerar vida a partir de seu buraco, de seu aparente vazio, reconectando-se novamente com a sacralidade da Grande Deusa-Mãe.

É sobre isso que a dança do ventre e seus movimentos sinuosos que valorizam e acentuam os atributos do corpo, da energia, e da psique feminina, vem nos falar.

É preciso que hoje ainda haja tempo, mulheres e homens, para O TEMPO EM QUE AS MULHERES ERAM DEUSAS!

Texto: Carol Marques SoMar


feliz día de la mujer

Trabajo realizado para Maggacup (la primera copa menstrual argentina)


Felicidades a todas las mujeres en este día.

Imagen ©Juliaro

viernes, 7 de marzo de 2014

Mas respeto soy un sr. árbol.




Carta de un señor árbol para todos los humanos:

Sé que no hablo como ustedes, y que por eso ustedes piensan que no siento.
Que como no puedo moverme de lado a lado como quisiera,  me traten como un poste (o peor que a ellos que ni tienen vida pero tiene alguna función es su urbanización).
Que no me quejo ni me defiendo cuando me cuelgan cosas, me usan de valla, me hacen casitas en la copa y se suben en mí o cuando  cortan mis extremidades porque hago sombra, o simplemente porque ustedes creen estoy muy crecido o feo (yo no tengo la culpa que les hayan enseñado en la escuela que los arbolitos son redonditos como una nube). 
Y que no hago nada, mas que llorar por dentro,  cuando veo talar a millones de mis hermanos cada día, sabiendo que yo puedo ser el próximo.
Sé que por todas estas cosas puedo parerles muy Zen o aquel hombre que un día colgaron en una cruz (probablemente hecha con algun pariente lejano)

Pero yo soy un señor, con mucha edad y experiencia. 
Con raices fuertes que me conectan con sus ancestros y la gran Diosa de las profundidades, con grandes brazos que me conectan con el Dios de las alturas. 

Yo soy un puente de conexion divina, en mis anillos llevo la sabiduría de la tierra, en mi savia el amor de las aguas, en mis hojas el color del sol. En mi cuerpo cada año se manifiestan las estaciones, en mi sangre llevo la alegría de la primavera, la abundancia del verano, el desapego del otoño y el recogimiento de muerte y resurreción del invierno. 

Y sí , mi cuerpo es de madera pero eso no quiere decir que soy un Pinocho manipulable, o que nací para ser mueble o el papel que hoy usas y descartas sin pensar. 

Yo también tengo un dharma, una función, un sentido en esta vida: Yo nací para oxigenar este planeta, para crear condiciones de vida para muchos animales (incluyendo ustedes), para dar sombra en los desiertos, protejer la aguas, las plantas. Naci para nutrir, para dar flores, dar frutos, alimentarlos, curarlos con mis medicinas, no  nací para ser papel picado de carnaval, o el envoltorio de alguna comida chartarra o simplemente para limpiar sus culos. 
Yo soy mucho mas que eso, soy un señor.

Cada hoja, cada rama, 
cada raiz lleva información, 
lleva amor, lleva cura.

Aunque no todos pueden verlos,
 yo también tengo ojos, 
yo veo todo, yo siento todo.
Mi alma esta llena de compasión 
y por eso nunca me vengaré
 de todos estos maltratos.

Pero hoy les pido CONCIENCIA. 
 Cada vez que se conecten 
con alguno de mis hermanos 
recuerden esta carta de auxilio.
Recuerden que sin nosotros el calor
 del sol toma todo y la vida 
en la Tierra se acaba.

Cada vez que se encuentre con un árbol agradezca,
Abrácelo (nos encantan los abrazos)

Simplemente recuerden que somos señores.

Imagen y texto ©Juliaro (todos los derechos reservados)



miércoles, 5 de marzo de 2014

Menarquia... dia de florecer


Menarquia: 
Una poesía para todas las niñas que un dia se convierten en MUJER.

Un día fui niña
jugaba sin tiempo, sin ciclos sin lunas.
mi vida era el sol, su luz su calor.
Su ritmo exacto, el tic tac del reloj.
las estaciones de la primavera al invierno, el dia y la noche.

Pero una noche recibí un regalo.
me acosté niña y desperté mujer.
y entonces la abuelita luna comenzó a ser mi guía.

Mis tiempos cambiaron, de pronto comencé a ciclar 
y en un eterno espiral no paré de  repetir este ritual. 

En luna creciente, queria correr mariposas
queria volar como una paloma, 
inventar historias mirando estrellas y ser una niña eterna.

Con la luna llena, un hormigueo tomaba mi vientre,
 sentía mariposas en la panza y fantaseaba sentirme amada y cuidada, 
cualquier roce me dejaba loca y mi emoción era tan grande que no la podía controlar.

Luego llegaba la luna menguante y algunas cosas me comenzaban a irritar,
 a veces me sentía muy triste, tenía rabia pero no sabía a quien culpar, 
era tiempo de soltar  como en el otoño, pero como yo no lo entendia  por ello sufría.

Y finalmente llegaba la luna nueva,
y sentia un sueño profundo que me invitaba a descansar
a ausentarme por unos dias,
oscurecerme y desaparecer,
 para despúes de cuatro días, volver y  resucitar 

Eran días de muerte y renovación 
de sombras y a veces depresión.

Pero por suerte todo pasaba, era cuestión de respetar y saber esperar
pues al retornar la luna en su danza infinita, todo volvía a empezar.

Imagen y texto de ©Juliaro (todos los derechos reservados)

Menarca: 
Uma poesia para todas as meninas que um dia viram MULHER.

Um dia fui  menina
brincava sem tempo, sem ciclos sem luas.
minha vida era o sol, sua luz seu calor.
Seu ritmo exato, o tic tac do relógio.
as estaciones da primavera ao inverno, o dia e a noite.

Mas uma noite recebi um presente.
deitei criança e acordei Mulher.
então a avozinha lua começou a ser minha guia.

Meus tempos mudaram, de repente comecei a ciclar 
e numa eterna espiral não parei de  repetir este ritual. 

Na lua crescente, queria correr às borboletas
queria voar como uma pomba,
inventar historias olhando as estrelas e ser uma eterna criança.

Com a lua cheia, um formigamento tomava meu ventre,
 sentia as borboletas na barriga e fantaseava me sentindo amada e cuidada, 
qualquer roce me deixava doida e minha emoção era tão grande que não podia controlar.

Depois llegava a lua minguante e algumas coisas me irritavam,
 as vezes me sentia muito triste, tinha raiva mas não sabia a quem culpar, 
era tempo de soltar  como no outono, mas como eu não entendia  por isso sofria.

E finalmente chegava a lua nova,
 sentia um sono profundo que me convidava para descansar
 ausentar-me por uns dias,
obscurecer e desaparecer,
 para depois de quatro dias, voltar e ressuscitar 

Eram dias de morte e renovação
de sombras e as vezes depressão

Mas por sorte tudo ia embora, era questão de respeitar e saber esperar
pois ao retornar a luna na sua dança infinita, todo voltava a começar.

Imagem e texto de ©Juliaro (todos los direitos reservados)

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